quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

K

biblos




Quando for grande

quero ser repositor 

numa biblioteca infinita,

assim privado dos outros,

a espiar e a ler,


entre o ranger do soalhos,


no longínquo espaço 


que nunca verei;


estarei pois afastado,


arrumarei livros lidos 


há séculos,


esquecidos 
por quem já foi esquecido


e o meu alimento serão 


as palavras mais nutritivas


de Eça ou Garrett ou Namora,


Hemingway, Saramago ou Sophia,


Borges e todo o caos (...)


palavras alimentícias, decerto.


Estarei pois sentado no chão de páginas


as pernas cruzadas 


e a curiosidade infinita,


como infinita é a biblioteca,


em que, lembrem-se,


sou o repositor,


esquecido pelo bibliotecário.

(fonte da imagem: n/a)

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1 Comentários:

Blogger Boop disse...

Não sei porque apeteceu-me dizer qualquer coisa.
Bom ano! - serve!

(até sei... estava rever velhos post)

quinta-feira, 05 janeiro, 2017  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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