terça-feira, 17 de março de 2015

K

Às minhas mãos

Às minhas mãos
vieram as tuas
num sorriso mais certeiro

do que o bico do mocho.

Acariciei,


melhor, meus olhos afagaram

a tua nuca,

também fonte de saber.

Os meus atalhos

seguem os teus caminhos,
meus passos já buscam os teus;
trago no bolso,
perdidas entre rotas,
as tuas coordenadas.

Os meus olhos são incessantes
sorvedouros do real
que me envolve,
nada lhes escapa,
apenas tu.
O pó da estrada
embala-me o sorriso 

numa vacatura delirante.

(foto do autor

obtida com telemóvel:

um dia de Verão em Benfica, Lisboa)

(também publicado no blogue 77 palavras

Margarida Fonseca Santos)

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1 Comentários:

Blogger Jaime A. disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

quinta-feira, 16 abril, 2015  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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