sábado, 13 de dezembro de 2014
Kquinta-feira, 13 de novembro de 2014
KFolha
Etiquetas: brisa
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Kprofetisa
Cumpriste a profecia:
aos teus olhos
a poesia foi dispersa
e esparsa:
nas tuas mãos
o romance verteu-se,
numa enxurrada
quase banal:
no teu colo
já não se abrigavam
sonetos ou contos.
Esmeraste-te:
as palavras foram-se
despindo,
as sílabas empobrecendo-se,
num tropel de fuga cega.
Trocistas,
alguns falavam numa "língua depilada."
Tu, profetisa da desgraça,
chamavas-lhe apenas
"Accordo Ortographico de 1990"
Etiquetas: a fuga e a partilha, Busca
terça-feira, 7 de outubro de 2014
KElogio do esquecimento
Etiquetas: Afectos longínquos, escrever a vida
sábado, 20 de setembro de 2014
Kaponta ao alto
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Kp/b
Etiquetas: Bojador/Mensagem? Busca, circular
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Koferenda
Etiquetas: escrever a vida, que faço por cá? Vens também? Afectos longínquos
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Kcá e lá...
sábado, 2 de agosto de 2014
Ka espera da palavra
nem seques as sandálias,
o caminho apressou-se a ser teu.
Olha os arbustos,
deixa que as borboletas te sejam favoráveis,
coloca as tuas palmas prontas para dar
e que os ventos te sejam desiguais,
como desigual foi a espera da palavra
que esqueceste.
Etiquetas: acolhedor, caminhos do vento
quinta-feira, 31 de julho de 2014
KÉden
Também publicado no blogue 77 palavras de Margarida F. Santos
Etiquetas: Afectos longínquos, fugas, Já nada; a fuga e a partilha
terça-feira, 1 de julho de 2014
KO autocarro
pessoas ganham mistério, nos seus caminhos, nas suas vidas.
Às vezes, o autocarro apressa-se e vêem-se as pessoas ainda mais apressadas em direcção ao passado. Na paragem, tento adivinhar para onde vai, o que faz todo aquele povo.
Gosto de me sentar no autocarro, janela aberta para a minha cidade, lufada de gente a correr para um regresso de que nunca conseguirá fugir.
(fonte da imagem:
https://www.flickr.com/photos/mtsullivan/4797947596/)
(Também publicado em 77 palavras)
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Kem preguiça
(publicado em 77palavras)
Etiquetas: nuvem a escorrer, vogar sem sentido...
domingo, 15 de junho de 2014
Ksilêncio
Era esse o vagar,
o marulho das ondas,
era essa posse que trazia
no meu p
U
N
H
O
e, no reflexo
de um vento triste,
c. A. M. I. N. H. E. I.
para os teus cabelos
que juntavam vagas às marés.
Estendi-me sobre o tempo
e, na sofreguidão,
no canto voraz,
subornei os teus olhos
para ver o amanhã
e as tuas mãos sobre as minhas.
"Que a tua ansiedade seja apenas
a energia para o teu caminho. Celebra os olhos, as mãos,
toda, aquela que te for dada como companheira do amanhã.
Sê puro e não desdenhes a humildade."
Fala de Hepátia a Anatólio, bibliotecário e viajante
Etiquetas: Afectos longínquos
sábado, 24 de maio de 2014
KAgora
nasceu o Sol,
já as nuvens
se esfarriparam para algures,
e o vento,
(ah o vento!)
esse foi-se esmorecendo
pelos caminhos do sul.
Agora,
é o tempo das colheitas,
do trigo 'prenho',
da claridade
e do assalto da alegria.
Agora,
é o tempo das redes luzentes,
faiscantes de vida
e de esperança.
Agora,
é o meu tempo
e o tempo desta terra
em que nasci,
pai-mãe dos meus sonhos
e chão-minha-Pátria,
e terra a que chamo Nação!
(Foto do autor obtida com telemóvel:
Berlenga Grande, Verão 2011)
N.A. - "Agora" é também o tempo do texto tosco, previsível
Etiquetas: apenas
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Karbóreas
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
-
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)