segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

K

Só, entre cortinas

Fartei-me do governo, 
dos truques e tiques,
das bazófias e bravatas,
que me pregam ao poder.

Sinto a mão pesada
de assinar pactos,
sinto a mão de Deus
pousada na nuca,
e uma inconsistência,
um quase desapego
da consciência
magoam o silêncio,
a solidão do poder.

À janela,
entre os reposteiros,
vejo
os derradeiros desfiles
da fome, 
da paz armada,
da peste.
Então, a mão de Deus
força-me a olhar para cima
(...)
nem consciência,
ética, 
ou o que seja.
Afinal,
"podes amar Mamon,
mas não podes esperar
retribuição"...

(fonte da imagem:
http://www.garoeiro.com.br/?p=5245)

("Ao poder está associada a tua solidão.
Maneja-a com mestria e o teu consulado
será breve, a tua memória estimada."
Fala de Aristóteles a Alexandre,
cognominado o Grande)

Etiquetas:

5 Comentários:

Blogger Daniel C.da Silva disse...

,...E, todavia, há que continuar, a acreditar...

Abraço

quarta-feira, 26 dezembro, 2012  
Blogger vieira calado disse...

Olá, como está?

Hoje venho tão simplesmente para desejar

um Bom Ano de 2013, para si e os seus!

Saudações poéticas!

segunda-feira, 31 dezembro, 2012  
Blogger Nilson Barcelli disse...

Também estou farto deste governo.
E deste presidente...
Mas não estou farto da tua poesia. Gostei muito deste teu poema.

Caro amigo, desejo que tenhas um EXCELENTE 2013.

Abraço.

terça-feira, 01 janeiro, 2013  
Blogger Rafeiro Perfumado disse...

Também estou farto, estamos todos, mas a realidade é que continuamos a baixar a cabeça. Até quando? Abraço.

sábado, 05 janeiro, 2013  
Blogger Ivone disse...

Olá Jaime, gostei daqui, seu blog é lindo, amo poesias!
Obrigada por seu comentario lá no meu blogue!
Pois é poeta, não se pode ter tudo na vida, Poder muitas vezes escraviza, muitos entram e nem sabem como fazer para sair,principalmente quando se trata de política não é mesmo?
Grande abraço e feliz 2013!
Ivone

segunda-feira, 07 janeiro, 2013  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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