sexta-feira, 28 de outubro de 2011

K

em azul

É turva esta imagem de sonho,
feita de lampejos e claridade.
Um pincel coloriu a luz,
os barcos nasceram
como extensão do riso do pintor
e desceram a praia como arcos,
hesitando entre a água e o céu,
 num vacilar sábio,
quase religioso.
Aquele azul rio acima
mistura-se na aguarela,
no mosto das tintas;
na imobilidade que agarrou;
num instante perfeito,
fica uma réstia de abandono,
uma saudade oscilante,
um adormecimento numa tarde de Verão,
voltando em ciclos,
sempre em ciclos circulares...

(foto do autor obtida com telemóvel,
fim de tarde em S. Martinho do Porto,
Agosto 2011)

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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