domingo, 4 de setembro de 2011

K
ORQUESTRA AO FIM DO DIA

o vento sussurra lá fora aquilo que me vai cá dentro...
enquanto caem as folhas, abato-me sobre o meu peito,
nem a brisa nem os meus olhos descansam, vagos,
rodopia a areia jacente no solo, o sorriso foge-me,
acho que há pequenos tornados e, abatido, observo
os cones baixos, insignificantes migas de Natureza,
e o céu quase solidário oferece os braços das nuvens
num desejo de ascensão salvífica,
num rodear de mastros antigos,
firmes num mar ansioso,
albergues esquecidos,
chiando lúgubres
num passado
já gasto
(foto do autor obtida com telemóvel, 
"nuvens sobre S. Martinho do Porto")

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1 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

Entraste no poema através do vento para fazeres um belo poema.
Beijos.

quinta-feira, 08 setembro, 2011  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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