quarta-feira, 13 de outubro de 2010

K

queda IX

Estão gastos, os sons;
formam-se placas tacteantes 
entre os meus dedos escorrendo amanhãs.
Não regressarei,
meu tempo vagueou entre geometrias desamparadas;
miro o ventre oco de um sorriso:
será o último passageiro a regressar,
até as minhas mãos hão-de mostrar-se lassas
ante os meneios hirtos de Pandora.

(fonte da imagem:
www.sou-varne.com;
Salvador Dali: "A mão (remorso)"

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1 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

"meu tempo vagueou entre geometrias desamparadas"
Entre os meneios hirtos de Pandora ea tristeza, apenas a nitidez do poema.
Um beijo.

quinta-feira, 14 outubro, 2010  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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