terça-feira, 31 de agosto de 2010

K

queda VIII

As minhas mãos já esqueceram os caminhos
e o regresso fez-se ponte;
houve, talvez, uma só manhã,
um dia real no fragor do tempo;
mas as minhas mãos continuam esquecidas
e o poema não se fez,
nem nas vagas tardes
em que o Sol escalava o poente,
funâmbulo de si mesmo,
gesto seu
de riso vadio.

(foto do autor obtida com telemóvel: praia de S. Pedro de Moel)

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2 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

Um poema maravilhoso! Um poema que me remeteu para o universo da escrita e dos poetas, que me recordou um ocaso "em que o Sol escalava o poente, funâmbulo de si mesmo" vadiando op riso...
Um beijo.

quarta-feira, 01 setembro, 2010  
Blogger Lídia Borges disse...

"Um dia real no fragor do tempo"...

E o poema, desprendeu-se das mãos, sublime!

L.B.

quinta-feira, 02 setembro, 2010  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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