quarta-feira, 26 de maio de 2010

K

agora

Agora,
as minhas mãos mascaram-se de fumo,
penetram até às frinchas dos sonhos,
rolam por entre os últimos raios de sol,
atrevem-se pelas minhas doces memórias,
suspiram entre ais de flores bastardas.

Agora,
os meus caminhos já não te inquietam,
as minhas ilusões calam-se na noite,
os meus olhos perdem-se sonâmbulos.

Pois agora
              a rendição,
o pranto,
              a esquiva,
triangulam-se
na espera
da hora
vadia.
(fonte da imagem: http://catedral.weblog.com.pt)

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2 Comentários:

Blogger maré disse...

longe
onde as montanhas
adormecem retalhados suspiros de sol
deixei o fulgor doce das flores abertas à luz.

deixei o fulgor entrincheirado
nos ocasos inclinados da palavra.

atenuo os fragmentos do poema.

agora
que as mãos se inquietam
servas de uma agonia bastarda.


___

um beijo Jaime

quarta-feira, 26 maio, 2010  
Blogger Graça Pires disse...

As mãos: exiladas no sonho, ávidas de ter, sem justificação para a fadiga ou a coragem...
Um beijo.

quinta-feira, 27 maio, 2010  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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