sábado, 17 de abril de 2010

K

a cruz de Torquemada





Mordeste todas as palavras,
todas as letras.

Teus olhos vertiam gáveas,
pousavam sobre todas as ravinas,
acima dos poços mendicantes.
O teu anel sorriu-te
num brilho vasto, demolidor:
tudo sabia e saberá:
executará a tua mão crua,
gelada,
conforme o seu querer.
Sim,
em cada gesto
o temor,
em cada palavra
a ansiedade;
e o teu anel brilhando,
dolente, sedutor,
marca as tuas horas rapaces,
oh santo Inquisidor!

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1 Comentários:

Blogger maré disse...

será um pulso escravizado
algum dia, um ditador?

___

beijo Jaime, sereno.

domingo, 18 abril, 2010  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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