segunda-feira, 23 de novembro de 2009

K

encantos

Nos velhos altares pululavam deuses, tão sacros, decadentes,

tão decrépitos,
que se desvaneciam, já,
as suas vestes,
de maresia salpicadas.
Sacerdotes, trôpegos,
ainda oficiavam,
espalhando incenso,
salmodiando versos inaudíveis,
em línguas encantadas,
esquecidas,
fluidas,
mescladas de ontem.
Balbuciavam encantamentos,
encantos adentro
da flor do tempo
que ressaltava,
voraz,
no pó vetusto
que a cobria,
na secreta,
oculta noite média.











(imagem retirada da net)
(poema retirado do blogue
GPS em que participo)

Etiquetas:

2 Comentários:

Blogger Paula Raposo disse...

Eu gosto deste encantamento.
Beijos.

segunda-feira, 23 novembro, 2009  
Blogger maré disse...

das línguas encantadas

como ofício dos encantos

que o tempo des tece

_______

um beijo, Jaime

terno

sábado, 28 novembro, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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