terça-feira, 29 de setembro de 2009

K

geografias

Não sei se o caminho sou eu,
ou se é ele que me produz,
se as nuvens fazem desenhos,
se é o remorso que me seduz.

[Em vão atalho pelo caminho,
difuso, ignaro, 
que sempre me afronta;
em vão busco um silêncio,
uma agonia imperativa,
um espaço caiado,
um sepulcro
perdido nas lamas
imensas,
tão distantes...
e levemente relembro a geografia,
alva, baça e luzente,
daquele geógrafo que nunca serei...]

(inspirado em excertos
de um poema de Valerio Magrelli publicado por moriana)
(imagem retirada da net: "O geógrafo" de Vermeer)

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2 Comentários:

Blogger Nilson Barcelli disse...

Descobrir os melhores caminhos é o que há de mais difícil na nossa vida.
Gostei do teu poema, muito bom.
Abraço.

terça-feira, 29 setembro, 2009  
Blogger Paula Raposo disse...

Os caminhos acabam por ser concêntricos...beijos.

domingo, 04 outubro, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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