quinta-feira, 13 de agosto de 2009

K

Pido a mis dioses o a la suma del tiempo
que mis días merezcan el olvido,
que mi nombre sea Nadie como el de Ulises,
pero que algún verso perdure
en la noche propicia a la memoria
o en las mañanas de los hombres.
(Jorge Luis Borges: A un poeta sajón)

Sim, que meus caminhos,
esquecidos,
aquém dos luares
feéricos,
já nem minhas pisadas,
suspiros, olhares
ou sorrisos mostrem;
que nem os ares perfumados,
as maçarocas,
o perfume dos lilases,
a sombra das tílias
tragam nas suas memórias
rasgos ou traços de mim;
no entanto,
se algo perdurar,
que seja um verso,
uma estrofe,
uma palavra afoita
serpenteando
alma acima,
num prazer descalço,
quase pueril...

(imagem retirada da net)


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2 Comentários:

Blogger Lídia Borges disse...

Jorge Luis Borges, sempre uma excelente escolha.
Do seu poema... Só posso dizer que gostei muito.
Todas as palavras ocupam o lugar certo no despertar das emoções.

sexta-feira, 14 agosto, 2009  
Blogger Paula Raposo disse...

Uma maravilha!! Adorei. Beijos.

quarta-feira, 19 agosto, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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