segunda-feira, 25 de maio de 2009

K

giz, graffiti


A flor abre-se,
uma menina escreve;
graffitis alegram os muros.
Partilho o meu medo,
contigo,
para que te possa olhar
em todos os limites.
Uma lata de spray
cai das mãos da menina,
a noite subtrai-a.
Um pássaro esvoaça
em círculos,
entre os vórtices
dos meus temores.
Reaparece a menina;
vem só.
A flor abrira-se
e dera-lhe o pau de giz;
ela apenas escrevera no velho muro:
"quero olhar em frente
sem receio do medo. Só."
(inspirado no excerto dum poema de Alejandra Pizarnik publicado por moriana)
(imagem retirada da net)

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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