domingo, 3 de maio de 2009

K

meu cansaço


Açambarquei um olhar,

pendurei as estrelas,

sorri à coruja estremunhada.

Entre rosas, braçadas,

encantei o sorriso dum jardim,

quase tão florido,

como coroada estava a fronte

dum qualquer atleta,

em fuga do seu perfil,

da sua latitude.

Emergi,

entre velhas urzes,

graciosas sombras guiavam

um infidável tempo escalavrado,

já.

Sentei o cansaço,

entre um pas-de-deux

e uma roda.
Sorri.

Era o vento de trevas,

quási infinitas,

sublimes

inocentes.

A estátua insólita,

duas rosas,

dois pulsos

entrelaçados...


(imagem retirada da net)

Etiquetas:

3 Comentários:

Blogger Paula Raposo disse...

Gostei imenso da imagem dos 'pulsos entrelaçados'. Parece-me etéreo...beijos.

segunda-feira, 04 maio, 2009  
Blogger Maria Clarinda disse...

Jaime gostei muito deste teu poema. jinhos mil

terça-feira, 05 maio, 2009  
Blogger Jaime A. disse...

Obrigado pela vossa passagem por aqui.
Beijinhos

domingo, 17 maio, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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