sábado, 25 de abril de 2009

K




Sublinho, entre as forças,

a parede que de ti me afasta.

Uma parede escorrente,

tinta que a desvanece,

não a leva.

Vou-me,

entre três ou quatro cravos,

já esquecidos,

por entre gravatas e sorrisos adiposos.

A parede fincada mira-me,

vê-me com o garbo dos fracos e dementes,

dos que esqueceram o fortuito rodapé,

em maneirismos de sanidade.

A parede sem gritos, sem vitórias,

no mar dos limos já largados,

escureceu os olhos,

já húmidos,

ao meu desdém,

em perspectiva longínqua.



C'est magnifique l'Avril au Portugal...
(imagem retirada da net)

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1 Comentários:

Blogger Paula Raposo disse...

Gostei de te ler. Beijos.

domingo, 26 abril, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

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