sexta-feira, 11 de agosto de 2006

K

Prostração

Cansaço,
tristeza.
Céu pardo,
escuro.
Nada vejo
para lá
da minha pele.
Em círculos,
a memória nada traz.
Cai-me o pano,
negro.
Cerro os olhos,
marejados.
A parede
estende-me seus braços;
enterro-me pelo chão.
Curvo a cabeça,
arrependido...
fecho-me os braços
e espero.
Lancina-se-ma a garganta,
seca de não gritar
a tantos ventos
o meu querer feroz,
animal.

Deixem-me!!!
Deixem-me práqui!!!

Eu sonâmbulo de mim,
nada mais quero...
apenas,
o passo desejado...

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Se bem entendi, Quim, anda por aí muito desânimo.
Mas, ultimamente, ando com as ideias um pouco confusas...
Desde o início do teu poema, até à "parede estende-me os seus braços"
É como me sinto neste momento.
A diferença é que nem a parede me estende os braço (para o bem ou para o mal)
Mas estendo-tos eu num abraço.
E + um beijinho

sexta-feira, 11 agosto, 2006  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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