sexta-feira, 23 de junho de 2006

K

Divina fartação

Estou farto de quererem mandar em mim, na minha carreira.
Estou farto de ser desconsiderado por um Governo que se diz legitimado pelo Povo.
Estou farto de políticos. Governar a "Polis" não é o mesmo que mandar na criada lá de casa, como se fazia há 40 anos.
Estou farto de a minha profissão ser cada vez mais desprezada socialmente.
Estou farto de ser desvalorizado: ninguém se lembra que estamos a formar gerações. Nem Sua Excelência a Senhora Ministra, nem Sua Eminência o Senhor Primeiro-Ministro devem ter andado na escola; nada devem aos seus professores com certeza; certamente nasceram ensinados (e muito mal, pelo que se tem visto...).
Estou farto de ver a autoridade da Escola descrescer; nem sequer os Sindicatos estão muito preocupados com isso, quanto mais o ME...
Estou farto de notícias que revelam a brutalidade com que são tratados colegas meus.
Estou farto de os pais só se lembrarem do aproveitamento dos filhos na última semana de aulas do 3º período.
Estou farto da frase:"Se o aluno passa é muito inteligente; se reprova, o professor não sabe ensinar".Se os alunos que nos entram pelas salas adentro são o reflexo do que vai lá fora, prefiro não saber do mundo, dar o meu melhor, passar de esguelha pelo planeta e cultivar o meu jardim secreto.
E não me chamem misógino, por favor...

12 Comentários:

Blogger Pedro_Nunes_no_Mundo disse...

Dói um bocado insisitr em curar um doente que não quer curar-se.
Pretender mudar um mundo que não só não muda como insiste em nos mudar a nós.

Resta o quê? A esperança?...

Alguma coisa será.
Uma vez que continuamos.

terça-feira, 27 junho, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Também eu estou farta, Joaquim
Penso que a grande maioria também está
Agora estou de férias, e gostaria de continuar assim, porque aquilo a que nós chamávamos "carreira", já não faz sentido.
Actualmente, o desrespeito pelo professor grassa por aí...a começar pelos "nossos dirigentes" os grandes culpados por toda esta situação

domingo, 02 julho, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Joaquim,
Desculpa esta visita em que te vou pedir um favor...
Como disse no shoshana, gosto muito da forma como me comentas.
Quantas vezes, o comentário é melhor que o post :)
Daí, querer guardá-los (os teus e outros de pessoas que me comentam de uma forma tão bonita).
Mas como?
Eles vão desaparecendo, à medida que vou publicando...
Já fui aos settings, não descobri como guardá-los.
Será que me podes ajudar?
Um abraço

terça-feira, 04 julho, 2006  
Blogger Jaime A. disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

terça-feira, 04 julho, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

terça-feira, 04 julho, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Mas que disparate, o meu
Apaguei o comentario em que te dava conta da experiência.
Infelizmente, não resultou: apagou-me os links
É claro, que voltei à antiga.
mas obrigada pela tua disponibilidade.
Um abraço

terça-feira, 04 julho, 2006  
Blogger Pedro_Nunes_no_Mundo disse...

Qual seria o conteúdo dos comentários excluídos?...

Curiosidade mórbida, é certo.
Mas não paramos para ver o acidente na estrada e a desgraça na rua?

Mas talvez seja bom sinal, haver comentários "excluíveis" que se dão ao trabalho de aparecer por cá!

terça-feira, 04 julho, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Pedro
Se percorreres o mundo com tanta curiosidade,vais longe e descobrirás maravilhas.
Ambos foram escritos e apagados por mim.
O conteúdo era o mesmo, mas por distracção tinham erros ortográfico
Satisfeita a curiosidade?

terça-feira, 04 julho, 2006  
Blogger Jaime A. disse...

É gira esta comunicação "tipo mail" ou "tipo sms" que se estabelece nos blogues.
Isto só prova que, afinal, os portugueses não são tão sorumbáticos e/ou deprimidos como se propaga pelos mentideros.
Esta espécie endémica do continente europeu, caracteriza-se pela curiosidade e pelo empenho em criticar as chefias do bando. Está espalhada por todo o território português, não se prevendo qualquer ameaça de extinção.

terça-feira, 04 julho, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Joaquim,
Tens razão: é mesmo curiosa esta forma de comunicar.
Eu raramente a utilizo, ou seja, raramente comento os comentários, e me dirijo a quem os faz (especialmente num espaço que não me pertence).
Contudo achei imensa graça à curiosidade do Pedro, e não consegui conter-me.
Esforçamo-nos por arranjar nicks, por não expor o nosso e-mail, enfim, por nos envolvermos de um certo secretismo.
E , afinal, acabamos por dizer muito de nós, tanto no que escrevemos, como no que comentamos.
Quanto aos nicks...eu chamo-me mesmo Helena e o apelido que consta na minha página também é meu. :)
Quem diz que somos tão surumbáticos?
Temos os nossos momentos menos bons, mas somos essencialmente, afáveis, bem dispostos, e raramente o sorriso foge do nosso rosto.
uma boa noite para ti.
P.S Já li os teus comentários no meu blog, depois respondo-te lá.
Sabes que iniciei um outro? Orion. Está linkado no shoshana. Se lá fores, descobres porque o criei.

quarta-feira, 05 julho, 2006  
Blogger Xanusca disse...

car colega de profissão, também eu estou farta, da ministra, da humulhação de uma classe porfissional que deveria ser valorizada, porque afinal os dirigentes politicos de amanhã, estão agora a ser nosso alunos...
Mas estou mais farta deste país que se revela pequenino em tamanho e em ambição.

sexta-feira, 07 julho, 2006  
Blogger José Leite disse...

Quando o mundo está doente, surgem os diagnósticos e os remédios. Dantes, eram os padres que apareciam como os "salvadores", mas, depois de alguns (poucos) terem caído em desgraça (pedofilias e afins...) eis que surgem os professores ... carregando o fardo...
Regenerar o mundo? Sim, há que tentar, na medida do possível...
Há que remar na mesma onda. Eu tento. Tento,logo existo!

terça-feira, 18 julho, 2006  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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